terça-feira, 22 de junho de 2010

Até!

Lully, ou Luiz - eu não sei a que altura estou de nossa antiga.. não posso chamar nem de amizade, pois nunca fôramos amigos. Temos 5 ou 6 anos de diferença de idade e isso gera sim um distanciamento, assim como o tenho com pessoas de vários anos a menos que eu. Posso dizer que fomos próximos, pois tínhamos amigos, primos e conhecidos em comum e compartilhávamos o mesmo gosto musical por algumas bandas.

Há dois motivos que me levam a escrever isso tudo: o estranho sentimento de choque ao saber o que aconteceu a ti um dia após teu aniversário e de querer compartilhar isso contigo, seja lá onde estejas agora. Chorei sim e pensei: diabos, por quê?! Acho que já sei a resposta: o fato de não sermos amigos e não trocarmos nem uma palavra há três anos não diminui em nada o fato de que tu sempre foste um cara muito, mas muito foda; alguém que - talvez em outras circunstâncias e andares da vida - seria um amigo muito próximo.

Quero compartilhar aqui contigo (e não em alguma rede social sem privacidade) todos os meus pêsames. Compartilho esse sentimento também com quem continua vivo - especialmente a tua família - que sentirá a falta de tua presença física e talvez apenas física, porque não morrerás facilmente para aqueles que tu encantaste, encantas e encantarás ao ser lembrado em rodas de cerveja e/ou reuniões familiares.

Um abraço e até a próxima vida.

Um comentário:

Nayara Duarte disse...

Oi Murilo!

Saiba que não é só tu, mas várias pessoas que compartilham essa sensação de terem conhecido sem conhecer o Lully, de terem sido próximos sem nunca ter sido. Não era tão mais nova assim que ele, tanto que temos um amigo em comum que faz muita parte da minha vida e que tinha a mesma idade (dele). No sábado esse amigo veio me contar o que estava acontecendo, tinha recém chegado no hospital aqui e eu desabei no choro ao saber de quão grave era a situação. Achei um p*ta injustiça, com tanta gente cretina na face da terra, justo com o Lully, que nunca vi fazer mal a ninguém, e muito pelo contrário, era uma pessoas dessas easy-going que faz amigos em qualquer lugar. Umas duas vezes no curto período de tempo que estudei na Univali de Itajaí peguei carona até Brusque por acaso, da gente se esbarrar lá enquanto eu esperava o ônibus... e teve todos os shows que fui e ele estava lá, aniversário de amigos em comum e tudo. Enfim... nem essas pequenas histórias nem toda a luta e coragem dele no período que ficou doente são suficientes pra expressar a pessoa exemplar que ele foi. Ontem quando esse meu amigo me ligou de novo, já saquei o que tinha acontecido e só me restou desejar muita força pra ele e pra família toda que estava lá... acho que ninguém nunca achou que ele não fosse ganhar esse jogo.

Agora tô escrevendo isso aqui porque no mundo que vivo atualmente poucas pessoas conhecem o Lully e menos ainda vão entender o que tô sentindo a respeito... fiquei contente de ler o teu texto e ver que não sou tão sem sentido assim! ;)