terça-feira, 17 de abril de 2012

O Bar e o Vazio.


Um copo, um cigarro e um descontrole. 
Falta à memória uma válvula de escape,
que transforme óbvio em ignóbil.
Iguala a sobriedade ao câncer,
que de tanta perfeição se transfigura
em anomalia e amnésia.
Esquece o que convém e lembra o envergonhado
que precisa desintegrar pudores mal vestidos,
tanto despidos e tão cuspidos;
escarrados em lembranças disformes,
que um momento de integridade insiste em deformar;
Deforma para gravar,
grava para calar o senhor da recordação,
encerrado em reclames inacabados.

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