Me cante encante para d' abraçar para me olhar para me girar parada cardíaca para de amar tratei de fechar em corte coar e coagir coordenar esticar beijar para escalar pois modernizar com regressão ver nascer ouvir o viver caminho busca riso do choro questiona revela voa deixe estar pro bem-estar novelar um barco circula do contra a contrapartida do louco de muito viver da conta de conto para condenar os reis de libras do signo do sino sossego distinto destino vinho extinto selvagem instinto no preto na linda da meia verdade docente que sente que mente que foge que cai e permite perpétuas letras em troca de curso preenche para ordenara apontara poder pausar subitamente trocado discurso (continuo e mutável)...
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
As Pétalas de sua Tez jamais serão as Minhas, o Cheiro de sua Flor jamais será o Meu
Assim segue uma metamorfose progressiva e solitária de autoconhecimento: preciso aprender a ser só, escreveu Marcos Valle, cantou Elis Regina, Tom Jobim e tantos outros. Não creio que estes tenham anunciado uma ode ao eterno solitário, mas que tenham cantado que para não cairmos numa das maiores desgraças humanas – a solidão existencialista do ser – precisamos nos ver nessa condição e nos identificarmos, apesar de (e mesmo que) tão diversas que sejam as nossas aspirações e que tais não signifiquem o detrimento do sonho alheio.
Na realidade, deveríamos arquitetar a compreensão do outro como humano e igual nas condições – apesar de toda diversidade que nos torna contraditoriamente unos e distantes. Podemos almejar sim, ter ambições; mas ainda assim lançar um novo e renovado olhar aos nossos tão diferentes semelhantes. Este ano tem sido uma saída do casulo que criei por duas décadas, está sendo o meu momento de fazer a diferença – ambiciono o mundo, mas fico feliz (por ora) se eu atinja a mim mesmo.
Então, pois, traço rumos pessoais que espero algum dia serem um espelho de lembranças e memórias dignas de um orgulho não arrogante. Termino, então, com reticencias, para que meus pensamentos sobre mim mesmo e sobre o mundo não tomem a forma de um conservador, engessado, seco e autoritário ponto final solitário (...)
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Gostos Confessos e Doces Aromas
Me parece redundante que aqui esteja eu justificando meus motivos por escrever, vomitar palavras, organizar pensamentos sobre uma folha – ou sob uma tela. Transbordo ao escrever, busco a perfeição platônica na gramática.
Escrevo também porque me apaixono pela forma que as letras tomam, independente se o que tiver escrito seja y, p, q, f, d, t, l ou z. Escrevo, pois assim me livro do que minha memória quer terceirizar; não seria bem um exercício de esquecimento, mas um memorando à posteridade.
Escrevo pela mesma ânsia e mesma intensidade que fumo, como, me apaixono, amo, bebo, trepo, corro, e durmo tão profundamente que mesmo Morfeu me inveja. Escrevo também, pois algumas palavras ficam melhores lidas, do que ouvidas – ou então mais belas aqui no branco do papel que no rosado dos lábios.
Tu ficas mais bonito, da mesma forma, sorrindo. Teu cheiro é mais gostoso misturado ao meu, do que na solidão de uma bucólica lagoa no leste. Eu fico completo com sua voz, ora rouca e ora malandra. Chama-me atenção esse olhar terno, brilhante e como quem pede uma atenção que meu olhar tenta suprir esse pedido. Me parece que um tenta absorver positivamente o outro e multiplicar – com certos requintes de teimosia – o que cada um guarda de melhor: jovialidades, inteligências, conversas, risadas, choros, ternuras e carinhos.
É dessa forma que gosto da letra, de transpor os sentidos e sentimentos na folha. Gosto de sentir, e gosto de ti.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Loucura: a clemência de/para uma mente sã.
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Saturno devorando um filho, Francisco de Goya. |
O medo da loucura esquizofrênica se mostra constante. Isso seria uma realidade virtual simulada? Estaríamos em cápsulas individuais, crânios que separam nossos sonhos e imaginações, onde a loucura é nossa própria vida como um todo?
O louco é consciente em sua própria inconsciência. O louco apenas sofre - ou alivia-se - com o que cria sozinho. O medo de enlouquecer é a válvula que enlouquece minha consciência só. De fora, apenas demência e transtornos. Confusões e divagações. De dentro, um grito desesperado por não suportar a existência volúvel, vazia, efêmera. Por sua vez, a mente se protege do confuso e mente para si: alucina, inventa e se faz lúdica para parecer lúcida; a insuportável realidade mata o ser que enxerga demais. Por sua vez, este cega-se para esconder-se de si mesmo e de quem o cobra por manter-se são. Ora, e ainda é considerado louco por não querer compartilhar da loucura social, coletiva e generalizada.
Gosto da proximidade de algumas palavras supracitadas: lúdico, lúcido, louco, mente (verbo), mente (substantivo), demente. O quão afastadas se encontram? Provavelmente têm a mesma distância entre a sanidade e a esquizofrenia social.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Fagomania Musical
Engulo a métrica porque sou faminto.
Digiro a letra, é dela que me nutro.
Vomito a dança e a jogo no chão
porque não cabe em mim tamanha força.
Preparo a nota no ritmo do samba.
Esquento a pausa e sirvo o tempo.
Para assim limpar-se na partitura;
e fazer a cesta no instrumento.
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