– Belíssima, a lua.
– Tens razão. Nunca a vi tão grande e branca.
– E desde quando você aprecia essas coisas?
– Não aprecio, apenas observo. E tu mentes.
– Sobre a lua?
– Sobre tudo.
– Não venhas tu com esse papo, mulherzinha!
– Mulherzinha? Ora essa... Até parece que não me conheces.
– E você se conhece?
– Não, e te conheço muito bem, traidor dos infernos.
– Por que me julgas dessa forma?
– Por que és infiel à tua mulher?
– Não gosto de trair.
– Tu mentes. O que você sente quando trai?
– Prazer, sentimento de poder, remorso, auto-desprezo. Somado a tudo isso, o fato de que nunca possuirei de fato “a outra”, o que torna tudo muito mais frustrante. É gratificante.
– O crime e o castigo, no teu caso crime e recompensa. Não te contentas com tua mulher?
– Ela se contenta com isso; mais uma prova de que me tem na mão como ninguém.
– (silêncio).
– Me beijaria?
– Achei que você nunca perguntaria.
– Então a resposta é positiva?
– Claro que não. Me beija tu, assim continuará sendo o filho da puta que sempre foi. Um misto de canalhismo e remorso, até esqueceu nossa amizade; sei que te excita.
– É o que sei fazer melhor: apunhalar.
– (suspiros).
– Nosso segredo, beata.
– E desde quando você aprecia essas coisas?
– Não aprecio, apenas observo. E tu mentes.
– Sobre a lua?
– Sobre tudo.
– Não venhas tu com esse papo, mulherzinha!
– Mulherzinha? Ora essa... Até parece que não me conheces.
– E você se conhece?
– Não, e te conheço muito bem, traidor dos infernos.
– Por que me julgas dessa forma?
– Por que és infiel à tua mulher?
– Não gosto de trair.
– Tu mentes. O que você sente quando trai?
– Prazer, sentimento de poder, remorso, auto-desprezo. Somado a tudo isso, o fato de que nunca possuirei de fato “a outra”, o que torna tudo muito mais frustrante. É gratificante.
– O crime e o castigo, no teu caso crime e recompensa. Não te contentas com tua mulher?
– Ela se contenta com isso; mais uma prova de que me tem na mão como ninguém.
– (silêncio).
– Me beijaria?
– Achei que você nunca perguntaria.
– Então a resposta é positiva?
– Claro que não. Me beija tu, assim continuará sendo o filho da puta que sempre foi. Um misto de canalhismo e remorso, até esqueceu nossa amizade; sei que te excita.
– É o que sei fazer melhor: apunhalar.
– (suspiros).
– Nosso segredo, beata.