Não é falta de procura, ou falta de ser procurada; lá está ela, com sua roupagem branca e o bouquet artificial com cheiro peculiar. Encontra-se em meio a desconhecidos, familiares, amigos - todos muito afetuosos, pegajosos, sexuais e travam uma disputa que será vencida por quem tiver a maior e melhor capacidade de desprezo.
Não é falta de procura, ou falta de ser procurada; e lá está ela novamente: o vestido branco, rasgado e manchado de vinho tinto e cinzas de seu cigarro longo. Gorducha, dedos curtos, unhas fazendo par com as manchas da roupa, o cálice cheio-semi-vazio, o bouquet murcho e o rosto deslumbrante. Rodeada pelos mesmos corpos anteriores, da início ao ritual de disputa. Recebe beijos e toques nos lugares mais sujos, iludindo-a de que aquilo é o que ela sempre buscou.
O silêncio tomou conta do casório.
Não é falta de procura. E mais uma vez a noiva gorducha está no mesmo lugar, quase desnuda - o vestido sujo, manchado e queimado já fora arrancado pelos mesmos já citados anteriormente. Permanecera a maquiagem extremamente vulgar que ressaltava suas rugas, dentes amarelados de nicotina, papadas e olheiras; e o véu não fazia questão de esconder o corpo estriado e esburacado que cultivara com tanta fartura ao longo dos anos. Os comensais arrancaram-lhe pedaços, deixando somente os dois buracos úteis da noiva. Sorria verdadeiramente com a felicidade alheia.
Já desnuda, demaquilada e despedaçada, só restava-lhe o bouquet com o insuportável cheiro de madressilva. Salão vazio, cinzeiros cheios e restos. Vestiu-se e partiu certa de que o ritual acontecido foi seu ideal de amor. Juntou as sobras para comer mais tarde.
Não é falta de procura e nem falta de ser procurada.
Só não sabiam (e nem sabia) onde achar e nem o que procuravam.
Não é falta de procura, ou falta de ser procurada; e lá está ela novamente: o vestido branco, rasgado e manchado de vinho tinto e cinzas de seu cigarro longo. Gorducha, dedos curtos, unhas fazendo par com as manchas da roupa, o cálice cheio-semi-vazio, o bouquet murcho e o rosto deslumbrante. Rodeada pelos mesmos corpos anteriores, da início ao ritual de disputa. Recebe beijos e toques nos lugares mais sujos, iludindo-a de que aquilo é o que ela sempre buscou.
O silêncio tomou conta do casório.
Não é falta de procura. E mais uma vez a noiva gorducha está no mesmo lugar, quase desnuda - o vestido sujo, manchado e queimado já fora arrancado pelos mesmos já citados anteriormente. Permanecera a maquiagem extremamente vulgar que ressaltava suas rugas, dentes amarelados de nicotina, papadas e olheiras; e o véu não fazia questão de esconder o corpo estriado e esburacado que cultivara com tanta fartura ao longo dos anos. Os comensais arrancaram-lhe pedaços, deixando somente os dois buracos úteis da noiva. Sorria verdadeiramente com a felicidade alheia.
Já desnuda, demaquilada e despedaçada, só restava-lhe o bouquet com o insuportável cheiro de madressilva. Salão vazio, cinzeiros cheios e restos. Vestiu-se e partiu certa de que o ritual acontecido foi seu ideal de amor. Juntou as sobras para comer mais tarde.
Não é falta de procura e nem falta de ser procurada.
Só não sabiam (e nem sabia) onde achar e nem o que procuravam.